Tinha eu 5 anos e vi-me frente a uma nova etapa da minha vida. Quantos de nós já não se depararam com elas? Bom, a questão não era bem essa, a questão poderia ser antes "Como é que eu vou enfrentar isto?" Sim, aquilo parecia-me um bicho-de-sete-cabeças, mas eu sabia que havia de conseguir, afinal, todos conseguem. Mas…ups! Parece que me esqueci de dizer qual era esta gigantesca etapa da minha vida…
Parecia-me muito novo para estar já diante de uma prova de fogo como esta. Deixar os pais e passar a viver a vida "às minhas custas". Era um pouco insensato pensar assim, mas sim, essa era a verdade. A princípio achava que aquilo era um jogo, depois acordei…
Uma birra matinal só para acordar e depois, "pé ante pé" já estava perto. Medo, ambição, e até raiva por ter sido arrancado da cama muito cedo, eram os sentimentos que me vagueavam na mente. Com alguma relevância tentei entrar na sala como um miúdo especial. Sentei-me numa fila pequena ao lado do meu primo, não consegui esconder a vergonha da face e fiquei quieto. Eram perto de trinta os que se encontravam naquela sala.
Uma mulher surgiu. Com um sorriso na face disse-nos "bom dia!". Com vergonha lá consegui fazer soar um "bom dia!" escondido, da minha garganta. Neste dia, posso dizer que não disse nada de mais. O meu nome, a minha idade e pouco mais.
Depois saí. Saí com o meu primo. Lanchei e pouco mais fiz. Voltei a entrar na sala. Umas pequenas chamadas de atenção por parte daquela mulher que ali se encontrava e por conseguinte saí, e desta
vez saí para me dirigir a casa. O meu pai estava à minha espera no carro. Próxima paragem: casa.
A partir daí tudo deixara de ser uma brincadeira e passara à seriedade. A partir daí não seria mais um miúdo de 5 anos idiota, passaria a ser um miúdo com alguns conhecimentos, afinal, este foi o meu primeiro dia de aulas.
Bruno
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário